Conhecida como vulgarmente como rua do "sobe e desce", a Guaicurus é a rua mais boêmia de Belo Horizonte.

Retratada em diversos romances aclamados pela crítica como Hilda Furacão de Roberto Drummond, o endereço ficou famoso por hospedar diversos hotéis antigos que servem de "casas de tolerância", como diriam os mais velhos, ou "casas de diversão adulta" como diriam os mais moderninhos.

Parada obrigatória para quem gosta de história, transitar pela rua Guaicurus é sorver a cultura popular e relembrar de uma passado bastante presente da cidade de Belo Horizonte.

A rua Guaicurus é um verdadeiro caldeirão efervescente misturando culturas e miscigenando saberes populares com bares e butecos, que revivem o começo do século contrastando com shoppings populares em suas esquinas que remetem à cultura da modernidade líquida de Zygmunt Bauman.

Na Guaicurus romances se popularizaram como de Hilda Maia Valentim, uma ex- socialite, que por conta de percalços tortuosos, que não eram tolerados por uma então sociedade “misógina”, década de 50, acabou “ganhado a vida” como messalina nos quartos do Hotel Maravilhoso antes de conhecer o então jogador do Clube Atlético Mineiro, Paulo Valentim, com quem se apaixonou, casou e foi viver em Buenos Aires.

Na rua Gauicurus, blocos de carnaval brilharam pelas ruas de Belo Horizonte e arrastaram multidões como o “Então, brilha”, que traz a magia e a cor de um lado B da capital mineira que pouca gente quer ver e ouvir.

Na Guaicurus emergiram figuras lendárias como Cintura Fina que ganhou filme, romance e até mesmo homenagem.

Na Guaicurus muitas histórias foram silenciosamente contadas através dos quartos, sacadas, balcões e prédios antigos.